Muito Prazer, Julia.

Olá, seja muito bem-vindo!

Falar sobre si mesma não é fácil, mas posso começar dizendo que sempre tive uma relação mais amigável com as palavras escritas do que com as faladas.

Por volta dos meu 12 anos, eu decidi que queria ser escritora. Decisões para a vida toda não combinam com essa idade, mas eu estava 100% certa de que esse era o meu destino. Não perdi tempo e já comecei a exercitar minhas habilidades. Lembro de passar horas escrevendo histórias baseadas nas dramáticas e emocionantes intrigas pré-adolescentes que se desenrolavam na novela da quinta série.

Infelizmente, esse sonho foi arquivado e logo substituído pela necessidade prática do crescimento. Juntei meus livros e me conformei a passar o resto da vida julgando personagens e passeando por narrativas alheias. Diferentes caminhos me levaram à faculdade de Publicidade e à produção audiovisual. Guardo na memória experiências maravilhosas de trabalhos em sets de filmagem que me levaram a mudar para o curso de Cinema. Hoje, aos 25 anos, estou prestes a me formar na sétima arte.

No entanto, cerca de dois anos atrás, numa tarde enfeitada de tédio dos pés à cabeça, comecei a misturar algumas palavras, juntar sujeitos e predicados até formar um parágrafo completo. Quando dei por mim, tinha três crônicas prontas temperadas com litros de prazer em sua composição. Embarquei na leitura de cronistas e contistas conceituados e me aventurei a escrever um conto. Descobri que o sonho havia sim sido arquivado, mas os arquivos estavam dentro de mim e era uma questão de tempo para botá-los de volta em circulação. Se existe o tal “bichinho do teatro”, responsável pela veia artística de atores apaixonados, tenho uma leve suspeita de que exista o “bichinho da escrita” também. Talvez eu já tenha até cruzado com ele sem saber.

Portanto, obrigada! Agradeço porque só de apertar o ENTER você decidiu inconscientemente embarcar nessa aventura comigo. Assumir o compromisso de escrever num lugar só meu não é nada menos do que uma aventura motivada pela minha paixão pela arte de contar histórias. Se você está lendo isso é porque, de alguma forma, está colaborando com o meu trabalho e com o que quer que seja que essa aventura me reserva. Por isso, o mínimo que eu posso fazer é oferecer duas crônicas semanais e, eventualmente, um conto para distrair da rotina do dia a dia.

Espero divertir emocionar das melhores maneiras possíveis!

Com amor,

Julia Chaves